Distância Poética (Parte I )

Oh, distância que me embriaga

Com essa essência doce e fatal

É como ferir-se pela lâmina atroz de um espada

Ou ser transpassado por um gélido punhal

Então fica aberta, ainda, a chaga

Cuja dor, nunca chega ao final

E a seu próprio coração indagas:

-Por que esse nocivo amor me é vital?

A resposta vem como num lampejo:

-É porque de todas as paixões

esta foi a mais distante e intensa

Ela se reaviva sempre em cada beijo

E traz consigo, dolorosas lições

Que são bem mais intrigantes do que pensas.