NUNCA MAIS
Eu ouço da janela o som do vento
Cantar um canto leve neste outono
Levando em suas vagas com alento
As folhas dos ingás em abandono...
São sons que deixa quérula a minh’alma
Lembrando-se dos tempos mortos, idos,
Quais pingos d’água em gotas leves, calmas,
Que caem de um fino orvalho entristecido...
Às vezes ele para e silencia
Parece conduzir a morte fria
Às covas mais profundas, sepulcrais...
Parece-me ouvir a profecia
A morte é para sempre, não tem via
De volta a este mundo, nunca mais!
Arão Filho
São Luís-MA, 09.fev.2014