Não fui eu!
“Quem falha é sempre o outro, nunca a gente!”
Ninguém assume o seu erro maldito.
Quem rouba vira vítima inocente,
Embora tudo prove o seu delito.
Matou! Mas, não foi ele o delinquente!
Lamenta e chora num teatro rico
De máscaras tingidas plenamente
Até do fingimento mais convicto.
Depois das falcatruas fica mudo.
Com os predicados da jurisprudência,
Replica o advogado; “_Nega tudo!”
Embora seja forte a evidência,
Com o jeito descarado (o seu escudo),
Exibe seu sorriso de inocência!...