FIM DA SECA?

Ao despertar em meio a melodia

da chuva em minha janela, pela aurora,

entoava uma canção quando batia,

no chão, no vidro, no jardim lá fora.

Então senti na pele a brisa fria

tomar lugar do velho calor de outrora,

que nos matava, lento, a cada dia,

que sem lugar teve que ir embora.

E todas aquelas queixas murmuradas

contra a chuva e as enxurradas,

converteram-se em gratridão e louvor.

E agora pau e pedra, vindos lá da cimeira,

cacos de vidros, tocos lá da ribanceira,

Se D'us sabe o que faz, que seja como for.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 09/02/2015
Reeditado em 16/03/2018
Código do texto: T5130918
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