FIM DA SECA?
Ao despertar em meio a melodia
da chuva em minha janela, pela aurora,
entoava uma canção quando batia,
no chão, no vidro, no jardim lá fora.
Então senti na pele a brisa fria
tomar lugar do velho calor de outrora,
que nos matava, lento, a cada dia,
que sem lugar teve que ir embora.
E todas aquelas queixas murmuradas
contra a chuva e as enxurradas,
converteram-se em gratridão e louvor.
E agora pau e pedra, vindos lá da cimeira,
cacos de vidros, tocos lá da ribanceira,
Se D'us sabe o que faz, que seja como for.
(YEHORAM)