Minhas raízes...

MINHAS RAÍZES

Fitando os olhos sobre a minha infância,

Vem-me logo uma casa rente à fonte,

Tendo ao fundo um pomar — toda a fragrância

E a chuva despontando no horizonte.

Meus pais, ali, atentos ao labor,

Minhas irmãs — num mundo sem tormento,

Ingênuas e brincando sem temor,

De o amanhã vir roubar o encantamento...

Tudo comovia, até um passarinho

Solitário, à procura de seu ninho,

Desgarrado do filho que perdeu!

Mesmo sem saber — éramos felizes,

Um sertanejo não nega as raízes,

Quem renega o lugar em que nasceu?

Onofre Ferreira do Prado
Enviado por Onofre Ferreira do Prado em 08/02/2015
Reeditado em 18/01/2023
Código do texto: T5130062
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.