Minhas raízes...
MINHAS RAÍZES
Fitando os olhos sobre a minha infância,
Vem-me logo uma casa rente à fonte,
Tendo ao fundo um pomar — toda a fragrância
E a chuva despontando no horizonte.
Meus pais, ali, atentos ao labor,
Minhas irmãs — num mundo sem tormento,
Ingênuas e brincando sem temor,
De o amanhã vir roubar o encantamento...
Tudo comovia, até um passarinho
Solitário, à procura de seu ninho,
Desgarrado do filho que perdeu!
Mesmo sem saber — éramos felizes,
Um sertanejo não nega as raízes,
Quem renega o lugar em que nasceu?