O ENDIABRADO
Tu que pensas que sou um podre diabo
E que queres que eu morra tão depressa,
Não te esqueças que ainda não sou nabo
Para cair em uma merda dessas!
Embora eu já pareça, ao fim ao cabo,
Um diabo, que agora ao mal regressa,
Não provarás a sorte do meu rabo
Pois não to dei jamais de vil promessa!
Por isso vai-te sempre contentando
Com o ódio tamanho que me sentes,
Pois é isso o que levas, já que quando
Largares o veneno das serpentes,
Eu vou ficar somente imaginando
O quanto pela boca só me mentes!
Ângelo Augusto