O ENDIABRADO

Tu que pensas que sou um podre diabo

E que queres que eu morra tão depressa,

Não te esqueças que ainda não sou nabo

Para cair em uma merda dessas!

Embora eu já pareça, ao fim ao cabo,

Um diabo, que agora ao mal regressa,

Não provarás a sorte do meu rabo

Pois não to dei jamais de vil promessa!

Por isso vai-te sempre contentando

Com o ódio tamanho que me sentes,

Pois é isso o que levas, já que quando

Largares o veneno das serpentes,

Eu vou ficar somente imaginando

O quanto pela boca só me mentes!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 08/02/2015
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