LINHA DE FRENTE

Eu que na poesia sempre olhei a frente...

Buscando versos entre as demolições,

Do universo ouço um som premente

De socorro urgente às tantas multidões.

Do verde tenro que se abate em terra

Da flor nascente sem destino algum,

Ouço o gemido dentre tantas guerras

Corpos que seguem a lugar nenhum.

Meu verso é fraco, resfolega ao mundo

Dentre absurdos que nos mantêm reféns...

Da força bruta que silencia ao tudo

Deste latifúndio, Terra aos que convém!

Eu que na poesia sou linha de frente

Sou verso indigente à rima que não vem...

Nota: Ao todo do triste momento inspirador...