_POR ENTRE NÉVOAS_

Sobre meus versos, paira uma neblina

Voláteis as palavras, a esmo, perdidas

Fugidias emoções, desconexas as rimas

Neste etéreo estado d'alma, a poesia

Triste poeta, que não realiza sua sina

Preso a uma realidade assim entorpecida

A inspiração difusa na névoa se confina

Linhas dispersas, que jamais serão lidas

Talvez assim seja a poesia em estado puro

Plenitude ou vazio, fusão de alegria e dor?

Tantos sentires sem nome a alma habitam...

Muito além, mal perceptíveis susssurros

O que traduziria este enigmático torpor?

Seria então magia que em mim se agita?

_______________________________

gajocosta
Enviado por gajocosta em 06/02/2015
Reeditado em 27/02/2017
Código do texto: T5128379
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.