A Morte

Enfim te vejo, nesta face retorcida,

As mãos frias alvacentas,

Tua expressão da existência sofrida,

Nas manchas pardacentas,

Devotei à unção junto ao círio,

Esta fúnebre unção de quem já partiu,

Em aroma campestre do lírio,

Do corpo desencarnado e assim vazio!

Para os vermes teu corpo,

Será o banquete da solitária moradia,

Tu rígido desfaleceu morto

Em uma síncope de mortal melancolia

Mas no fim terei a mesma sorte,

De oscular a face pálida da morte!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 04/02/2015
Código do texto: T5125810
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