A Morte
Enfim te vejo, nesta face retorcida,
As mãos frias alvacentas,
Tua expressão da existência sofrida,
Nas manchas pardacentas,
Devotei à unção junto ao círio,
Esta fúnebre unção de quem já partiu,
Em aroma campestre do lírio,
Do corpo desencarnado e assim vazio!
Para os vermes teu corpo,
Será o banquete da solitária moradia,
Tu rígido desfaleceu morto
Em uma síncope de mortal melancolia
Mas no fim terei a mesma sorte,
De oscular a face pálida da morte!