Ingratidão

Quando era eu que matava a tua fome,

Não vistes em mim quaisquer defeitos,

Porém, a partir que exigi meus direitos,

Foi que tu questionastes o meu renome.

Então tu desdenhastes dos meus feitos;

Para fazer isso tua boa memória some,

Como não valorizas mais o meu nome,

Agora tu falas até sobre meus trejeitos.

Depois que dei para ti todo o meu dote,

Mostrou-se então quem eras consciente:

És uma serpente com o teu velho mote!

Mas saibas, do teu veneno estou ciente,

E não se enrodilhe para dar o teu bote,

Pois te digo que já não sou tão paciente.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 04/02/2015
Reeditado em 25/02/2015
Código do texto: T5125481
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