Amor Plangente
Acaso trazes também no peito
A dor que, em seu amago, sente?
Dizes que entristeces quando lhe rejeito
No entanto seus atos lhe desmentem
Acaso entende o amor
Que em minha face deveras nota?
Podes sentir em mim, o calor
Que provém de minhas paixões ignotas?
Acaso sabe, como isso me lacera?
Escondo então minhas emoções plangentes
Que camuflam ainda minhas dolências.
Pois nesse amor sei que o pranto me espera
E essa volúpia não me é tão envolvente
Pelo menos não até que minha razão ofenda.