A INCÓGNITA DO AMOR
Amar é ver nas luzes de um prisma,
A vida iluminada, é ver no pranto
O doce de um olhar lendo um sofisma
Na página fatal de um desencanto.
Quem ama tem no amor os seus segredos...
E tem na dor a triste desventura.
É de quem ama a fúria e o medo
Na vida que se apaga e que fulgura...
O amor é um pesadelo inocente
Na mente de um príncipe e um plebeu...
E os dois são pelo amor indiferentes...
Quem ama vê na sombra o que perdeu,
Na luz que se apagou incandescente
No peito de quem sente ainda amor.