SOU A NOITE, A MADRUGADA, A MÃO E O VENTRE DUMA MULHER

SOU A NOITE, A MADRUGADA, A MÃO E O VENTRE DUMA MULHER

Sou a noite obstinada que determina,

Num quarto triste dormindo co'a lua cheia,

Aquela noite desprezada, que se enleia,

Onde uma lua tétrica que mesmo me ilumina.

Sou uma madrugada a quem se destina,

Na embarcação da vida que mesmo entonteia,

Que osculo no ventre duma bela candeia,

Na madrugada trémula e mesmo mui fina.

Sou a mão mesmo muito a sério calejada,

Do meu grande sofrimento, enregelado,

Incompreendido e muito mesmo desiludido.

Sou o ventre estreito duma linda e bela Mulher,

Co' os seios esbeltos qu'estão mesmo a sofrer,

Naquela tristeza profunda mas mui escondida.

LUÍS COSTA

18/04/2010

TÓLU
Enviado por TÓLU em 02/02/2015
Reeditado em 14/12/2015
Código do texto: T5123069
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