O medo de amar
A felicidade estava marcada no tempo,
Como o sorriso da linda mulher,
Que foi a uma feira de um tempo
Que jamais ousou vender o que é...
Se o infinito me aguarda, estou indo,
Num jumento vagabundo a relinchar
Justamente pela triste sina, mentindo
Para o meu amor não entregar...
Mas o coração palpita e os lábios tremem,
A paixão esquenta e o corpo ama,
Mas o amor é a glória...
Por isso escrevo igual aos que temem,
Não o profundo ato que soma,
Mas a eterna cândida que nega heroica...