O medo de amar

A felicidade estava marcada no tempo,

Como o sorriso da linda mulher,

Que foi a uma feira de um tempo

Que jamais ousou vender o que é...

Se o infinito me aguarda, estou indo,

Num jumento vagabundo a relinchar

Justamente pela triste sina, mentindo

Para o meu amor não entregar...

Mas o coração palpita e os lábios tremem,

A paixão esquenta e o corpo ama,

Mas o amor é a glória...

Por isso escrevo igual aos que temem,

Não o profundo ato que soma,

Mas a eterna cândida que nega heroica...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 31/01/2015
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