Existe um sonho morto neste olhar
Menina pequenina pobrezinha
Tem as mãos delicadas, num clamar!
Perdura na calçada da pracinha
Estômago carente, sem jantar!
Os pés estão descalços na noitinha
A mãe maluca não quer se importar
Triste roupa que cobre, tão fininha...
Nunca entrará na escola, sem futuro!
Infeliz condição de um ser tão puro
Na hora que amanhece sente frio...
Pensa, todos tem casa neste mundo...
Ninguém quer ajudar, dói lá no fundo!
O estômago resiste, tão vazio...
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Este poema não é um caso verídico.
Mas sabemos que existem muitas crianças no abandono...