ROSA BRANCA
Branca rosa do tédio em que levita
Velha sombra de um mundo sem preceito,
Some entregue à fogueira em que crepita
Este amor que do próprio fogo é feito.
Que te envolva essa brasa e quase nada
Perderás dessa cor que é teu poder...
Fica assim nessa terra ensanguentada;
Esse é o campo onde deves fenecer.
Apodrece e essa terra que decida
O destino da cor que te marcou...
Dá lugar ao nascer de outro botão
Que, vermelho, anuncie nova vida,
Desta vez, da semente que deixou
No sonho de não ter amado em vão.
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