Mágoa?
Ah! Mágoa? Não desejo, não, senti-la,
sequer pretendo dar-lhe abrigo, espaço
no coração. A mágoa traz cansaço
e verte amargo fel dentro a pupila.
Aquele que o amargor do fel destila,
recolherá tristeza, dor, fracasso,
nem sua sombra há de seguir seu passo,
preferirá ir só, porém tranquila.
Evito seus liames, não afago-a,
pois quero paz – com todo o seu dulçor –
e muita luz na estrada, a meu dispor.
Eu não destilo, não, o fel da mágoa
que entulha o coração e os olhos d’água
e afoga a própria vida em mar de horror.
Brasília, 26 de Janeiro de 2015.
Absinto e Mel, pg. 26
Ah! Mágoa? Não desejo, não, senti-la,
sequer pretendo dar-lhe abrigo, espaço
no coração. A mágoa traz cansaço
e verte amargo fel dentro a pupila.
Aquele que o amargor do fel destila,
recolherá tristeza, dor, fracasso,
nem sua sombra há de seguir seu passo,
preferirá ir só, porém tranquila.
Evito seus liames, não afago-a,
pois quero paz – com todo o seu dulçor –
e muita luz na estrada, a meu dispor.
Eu não destilo, não, o fel da mágoa
que entulha o coração e os olhos d’água
e afoga a própria vida em mar de horror.
Brasília, 26 de Janeiro de 2015.
Absinto e Mel, pg. 26