UM SEGREDO
UM SEGREDO
Felix Asvers
Minha alma tem segredos, a vida, surpresas,
Um eterno amor num momento concebido;
Tenho de calar-me, o mal só tem incertezas,
E aquela que o causou nada tinha sabido.
Infeliz! Passei por ela despercebido,
Sempre solitário e sempre nas redondezas;
Assim irei até quando eu tiver vivido
Nada ousando esperar e tampouco, certezas.
Apesar de Deus tê-la feito terna e amada,
Ela irá seu caminho sem esperar nada
Por esse lamento amoroso em seu viver;
Piedosa ao firme dever da fidelidade,
Dirá, lendo esses versos cheios de vaidade,
“Quem será tal mulher”? Nunca há de saber.
Tradução: Vilmar Daufenbach