A MORRER DE SAUDADE
Parece sempre ser complicado escrever
Um soneto perfeito, embora, fácil não
Seja nunca, porém, com a dedicação
Aprimorada, mais me estimula o prazer
De o compor como manda a sua tradição.
Pois tenho já que obter das palavras o ser
Vivo que se sujeita a poder conhecer
O centro da paixão, que está no coração!
Descrever a emoção que sinto num amor
Repleto de harmonia e de grande esperança,
Tal como quem do sol absorve o seu calor...
E à medida que em mim o tempo mais avança,
Mais eu escrevo e penso em amor de verdade,
Já que a minha alma está a morrer de saudade!
Ângelo Augusto