SONETO DA DESCRIÇÃO.
Teu corpo, janela aberta
estrada que o sonho vaqueia,
corpo trêmulo sob a coberta,
no peito coração pulsa,fogueia.
Teu ventre,vastidão de verde prado,
rio caudaloso que altivo monte lambe,
é um pássaro que leva o verão calado,
e no calor do verão quente sucumbe.
Seus olhos estrelas fulgurantes
ponte entre o desejo e a saudade,
duas esferas que brilham distântes.
Como faróis no fim do infinito,
vias por onde viajo,fonte,saciedade,
pujantes orbes,onde ecoa meu grito.