SONETO DO DESAPONTO.


Espinho foi ver-te em claro dia,
no altar de um poema distânte,
misturada em metáfora arredia,
me perdi na rapidez de um instânte.


Ver-ti assim tão bela e cálida,
tão meiga e no entanto tão mística,
envolvida em uma linguagem polida,
enrolada num tecido tão drástico.


Há que espinho,esplendor da dor,
é descobrir este teu desequilíbrio,
oh estrela apagado no vale d'amor.


Como doi olhar-te entre o vasto nada...
como abrir-te a luz deste amor tão sóbrio,
que em mim derrama tanta dor calada.




 
Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 22/01/2015
Reeditado em 24/01/2015
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