Cada um na sua

Não queira saber tudo quanto penso

Pois você vai achar que sou ateu

Estudamos sim no mesmo Liceu

Nem por isso temos mesmo consenso

É que o assunto de fé é muito extenso

E às vezes escuro como breu

E esse meu estilo epicureu

Aos seus olhos é grande contrassenso

Pra viver nós não pedimos licença

No além vamos ver a diferença

Do fruto da nossa ambiguidade

Imagine o que lhe der na telha

Que eu fico aqui com a centelha

Esperando saber da eternidade.

Russas, 21 de janeiro de 2015

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 21/01/2015
Reeditado em 23/03/2015
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