A COBRA

Na selva escura, a cobra já rasteja,

Em busca duma presa pra comer,

Pois isso dá-lhe força no prazer

Que ela para si mesma mais deseja.

Já que ela como um cão assim fareja,

O rasto já possível de entender,

Para que possa então sobreviver

À fome que a matá-la tanto almeja.

E assim a cobra feia faz-se à vida,

Pois ela contra o tempo trava a luta,

Que mais tarde ou mais cedo perderá...

Mas na terra ela sente-se acolhida,

Já que é tão rápida, letal e astuta,

Não fosse um ser de natureza má!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 20/01/2015
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