Confesso-me, falível, nesta fresta
Confesso-me, falível, nesta fresta
Onde o rosto pioneiro não repele
O afeto mal vestido, onde o amorfo
Inofensivo, corvo transparente,
Parte ao passado convertido em pena
dissonante (ao sorriso enfurecido).
Não hoje ou ontem, vocativo: fonte
emoldurada de espirais suspiros.
Mas sempre, desde um quando. Nota velha
Que não engole o gelo, salivando
Pelo canto das vértebras pentelhas.
No sono há qualquer fresta caricata
Em que a borda do tempo se equaliza
A esta canção, messiânica, boiando.