UM SONETO PARA MINHA MÃE
Na lembrança ficaram os seus abraços,
A presença do seu doce abrigo,
Para sempre as marcas dos seus passos,
No deserto que atravessou comigo.
Deste-me a última água para beber
No árido deserto da vida.
Aprendi a razão de viver
Em teus braços, mãe querida,
Hoje, vejo o seu rosto envelhecido,
A sua mão querendo me abençoar,
Os seus olhos no horizonte perdidos.
Hoje, vejo despedida em seu olhar,
Por isso esse meu choro contido,
Por isso essa vontade de chorar.