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NOITECER
Odir Milanez
 
A noite beija o sol, que vai embora,
e se veste de prata à luz da lua.
O silêncio das sombras não demora
a vagar, passo a passo, pela rua.
 
A praça, a velha praça, a essa hora
com o passeio sem passos pactua.
A brisa bate um pranto. Por quem chora
o vento, que o sossego tumultua?
 
Quando a brisa se vai, só por chalaça,
desencadeia o cântico de um cão
que cheira o capinzal, do cio à caça.
 
Renasce a relva rústica no chão.
Só não renasce o riso que me faça
um sorriso sentir no coração...
 
JPessoa/PB
16.01.2015
oklima

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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...


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oklima
Enviado por oklima em 17/01/2015
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