Meu berço natal
MEU BERÇO NATAL
No despontar da bela mocidade,
Deixei meu berço enternecido e mudo,
Somente a juventude como escudo,
No peito a dor imensa de saudade!
Meu chão, meu sol - meu leito de veludo,
O murmúrio dos rios na imensidade
E das aves: o canto e a liberdade -
Meu berço é eterno e para mim é tudo...
Para outras glebas com um riso crasso,
Pranteei os meus com um terno abraço,
No derradeiro instante de partir...
Os verdes prados, guardo por encanto
E tudo mais que ali - amava tanto,
É no teu seio que eu quero dormir...