Corpo, Alma, Ódio, Amor

Anjo, o corpo a alma preferiu

A escolha , selada num gemer súbito

Foi o que clamou à mim no púlpito

Das lembranças e sonhos meus despedaçados.

Como um animal , ou outro, no cio

Dum pântano ou qualquer lugar úmido

Num deserto ou no norte gélido

Nascido em qualquer local finito.

Como se escolhesse a fruta com veneno

Doce, mas lento e mortal

Ao invés da flor com um espinho

Que eterna estava às teus pés no caminho

Invisível , o veneno a tomará ? E , no final,

O extirpará de sua alma meu beijo sereno?

Felipe Venturini Arcêncio
Enviado por Felipe Venturini Arcêncio em 16/01/2015
Código do texto: T5103286
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