Corpo, Alma, Ódio, Amor
Anjo, o corpo a alma preferiu
A escolha , selada num gemer súbito
Foi o que clamou à mim no púlpito
Das lembranças e sonhos meus despedaçados.
Como um animal , ou outro, no cio
Dum pântano ou qualquer lugar úmido
Num deserto ou no norte gélido
Nascido em qualquer local finito.
Como se escolhesse a fruta com veneno
Doce, mas lento e mortal
Ao invés da flor com um espinho
Que eterna estava às teus pés no caminho
Invisível , o veneno a tomará ? E , no final,
O extirpará de sua alma meu beijo sereno?