Sobre um enigma.

Vivo a vida e não sei da morte nada

Muito embora alguém diga conhecer

Os mistérios de um outro viver

De onde a alma repousa e faz morada

Minha ideia permanece calada

O que acho e o meu parecer

Pode mesmo tentar me convencer

Mas quem sabe não é uma cilada?

Pelo que sei ainda estou vivo

O depois será outro imperativo

Que cabe bem na boca de um sandeu

Eu já ando cansado de falácia

E possuo alguma perspicácia

Eu já nem choro mais por quem morreu.

Russas, 15 de janeiro de 2015

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 15/01/2015
Código do texto: T5102805
Classificação de conteúdo: seguro