MÃE BRANCA...

A sombra do cipreste à sepultura

Daquela que foi mãe, a mãe amada,

Debruça-se na paz imensa e pura;

Alento à minha mãe lá sepultada...

O vento sopra manso em pouca altura

Levando as folhas mortas ressecadas

Em préstitos serenos de ternuras

Quais fossem as doces almas perdoadas...

Olhando o mausoléu da mãe, antigo,

Saudoso dela em vida aqui comigo,

Eu choro bem baixinho... A dor me espanca!

Ali, adormecida no jazigo,

Na eterna Luz dos anjos, sem perigo,

Repousa a minha mãe... Minha mãe Branca!...

Arão Filho

São Luís-MA, 14 / jan/ 2015