SIMULATIO

Rainha do mundo, de idiossincrasias

Vãs e desprezíveis como a imundície;

Falsa; tens somente a superfície,

Pois, ter essência, tu não poderias.

Alimenta-te do que te alimentaria;

Se fosses realmente viva e fugisse

De ti mesma, por irregular planície

Do mundo criado por sua mania.

O cego, a ti, profere bajulações mil,

Em sintonia com todo o vazio

Do que jamais te chamaria.

Tu, te denominas: Admirada,

E chega a acreditar que és amada,

Mas, fostes batizada de Hipocrisia.

Fábio Rezende
Enviado por Fábio Rezende em 13/01/2015
Reeditado em 09/06/2015
Código do texto: T5100824
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