Conta a intransigência
Vivemos um tempo de intolerância
Mesmo com toda tecnologia
Inda é grande demais a hipocrisia
E é raro pensar em concordância
O terror incrementa a discrepância
A quem tem distinta ideologia
Mas o fã da selvagem idolatria
Tem no cérebro outra substância
Em Paris pereceram cartunistas
Por uns tipos cruéis de extremistas
Guiados por cegueira e peçonha
Igualmente os primatas da caverna
Os arautos do caos e da baderna
Só nos servem de nojo e de vergonha.
Russas, 12 de janeiro de 2015