MINHA CASA NA VILA DA POESIA
Odir Milanez
Erguê-la quis. Tijolo por tijolo.
Emprestados alguns, outros dispersos.
Alguns eu consegui compondo versos
para musa de oleiro tetro e tolo.
Completei o alicerce com rebolo
de pedaços de telha - os mais diversos,
mas os planos me foram controversos:
o mestre me enganou, passou-me um bolo.
Minha casa, na vila, vai ser linda,
com piscina, varanda e muito afeto.
Mas, para tanto, falta um pouco, ainda.
Falta o piso, a ser feito de concreto,
dos pedreiros pensar na breve vinda,
as paredes erguer, firmar o teto...
JPessoa/PB
10.01.2014
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos à vida...
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