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DEVANEIOS
Odir Milanez
 
 
Estou de volta ao vale dos ausentes,
às veredas sem vida do vazio.
Sob sombras silentes, sinto frio.
Peregrino por passos penitentes...
 
Minha alma amargura um novo estio.
As faltas de felícias são frequentes.
Uns nonadas de nuvens negligentes
vagam vozes do vento em desvario...
 
Procuro na penumbra algum suporte
que sustente o meu ser sem mais anseios,
sem mais nada saber do que me importe.
 
Renegando das ruinas os receios,
o que serei cedendo à propria sorte,
eu me dou do desar aos devaneios...
 
 
JPessoa/PB
10.01.2015
oklima

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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos vagos...


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oklima
Enviado por oklima em 10/01/2015
Reeditado em 10/01/2015
Código do texto: T5097077
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