Desejo
DESEJO
Desejo hoje ser poeta
Daqueles que a chama inquieta
Aquieta o feroz e chama
Os versos que o papel clama
Mas o desejo se esgrima
Em toscas buscas de rima
E o poeta em segunda quadra
Mal segue como quem nada
Nadando rumo ao infinito
Por tônicas desvairadas
Naquela ou em outra esquina
Poeta é ser como o nada
Que fada buscando a prima
Em auroras desesperadas
Caelus
10 de janeiro de 2015