TORMENTO
Em solitária viagem ao relento da ilusão
E contemplando a fria névoa de seu desalento
Exposto âmago... dilacerado acalento,
Tomba abatido pela impiedosa desilusão,
Cem mil vezes sonhaste com o fim derradeiro,
E nelas todas à morte o abraçava com vigor,
A fera faminta atroz em seu ataque certeiro,
Vil reclama d’ alma a posse em seu tirano rigor,
Escravizas o sono... perpétuo pesadelo,
Em tormento que ruge no bestial breu profundo,
É conflagração inglória de dor e flagelo.
Mas enfim vem o alivio... em esplendor jucundo,
Sossego que chega... em cintilar amanhecer,
E desperto pelo beijo, que me faz renascer!
Em solitária viagem ao relento da ilusão
E contemplando a fria névoa de seu desalento
Exposto âmago... dilacerado acalento,
Tomba abatido pela impiedosa desilusão,
Cem mil vezes sonhaste com o fim derradeiro,
E nelas todas à morte o abraçava com vigor,
A fera faminta atroz em seu ataque certeiro,
Vil reclama d’ alma a posse em seu tirano rigor,
Escravizas o sono... perpétuo pesadelo,
Em tormento que ruge no bestial breu profundo,
É conflagração inglória de dor e flagelo.
Mas enfim vem o alivio... em esplendor jucundo,
Sossego que chega... em cintilar amanhecer,
E desperto pelo beijo, que me faz renascer!