PINGOS E RESPINGOS DO PORVIR

Não me anima viver como um descrente

no entanto tinha este receio prematuro,

bailava em mim,sim,o medo do futuro

Imerso saudoso nos sonhos do presente

Sonhos que desfilavam no real que procuro

na essência do ser em si, tão rudemente.

debruçava-me assim nas cores do poente

sobressaindo-me no coração o tom escuro.

Porque os sonhos,a falta de harmonia,

desprovidos do brilho da luz clara,evidente,

desfaziam-se alheios no firmamento agora.

Um quase nada de um nada que emergia

no centro de um portentoso e glorioso sol

emergindo no meio da madrugada fria.

gilberto maia lorenzo