O meu verso se encheu de silêncio
E gritou espantando a madrugada
Que enxugava o orvalho com lenço.
O lenço era de pétalas amareladas.
O meu verso se encheu de luz matutina
Que iluminou a montanha mais escura,
Fez brilhar os olhos lastimosos da menina
Que engomava a tristeza com lisura.
O meu verso se encheu de terna lembrança
Que arrebatou as pedras daquele caminho,
Renovou o doce sabor da perseverança.
O meu verso se encheu de verve esperança
Colorindo o véu negro de verde marinho,
Tremeluziu o espírito infausto de temperança.
E gritou espantando a madrugada
Que enxugava o orvalho com lenço.
O lenço era de pétalas amareladas.
O meu verso se encheu de luz matutina
Que iluminou a montanha mais escura,
Fez brilhar os olhos lastimosos da menina
Que engomava a tristeza com lisura.
O meu verso se encheu de terna lembrança
Que arrebatou as pedras daquele caminho,
Renovou o doce sabor da perseverança.
O meu verso se encheu de verve esperança
Colorindo o véu negro de verde marinho,
Tremeluziu o espírito infausto de temperança.