“O JOVEM”. 


Ontem ao cair da aurora
O sol ainda não havia nascido,
Eu ia saindo com a minha senhora
E o meu filhinho recém nascido.

Fiquei com o choro contido
Quando vi dormindo lá fora,
Um jovem rapaz desconhecido
Pensei. – o que faço agora?

Dei pra ele um café quente
Não sei se bandido ou inocente,
Julgá-lo, a mim não competia.

Dei-lhe um lanche e agasalho
Não sei se esse jovem de quem falo,
Eu possa ser ele, algum dia.