O VÔO DAS CRISÁLIDAS
Odir Milanez
Vão-se-me as esperanças, frágeis, pálidas,
tementes do verão de extremo estio.
Vão-se de mim, fugindo do vazio
das ilusões, empíricas, inválidas...
Seguem o vôo primeiro das crisálidas,
em titubeio ao vento fugidio,
e se perdem das cinzas no bafio,
mártires puras, castas, críveis, cálidas.
Cambiantes crisálidas, larvais
dos sonhos de não ser, do nunca mais,
levadas pelo vento em piruetas.
Ninfas noturnas, crenças que jamais
hão de ser beijo em lábios virginais,
jamais irão beijar, qual borboletas!
JPessoa/PB
05.01.2014
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos vagos...
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