Vida, vida minha
A vida não é, como antes sentia, um mar de rosas,
Em que flutuamos, plácidos, como se de almirante,
Julgando que as tormentas fossem, só por instante,
Passageiras e não constantes, sabendo-a airosa.
Dela desfrutamos e vivemos, a cada vão momento,
Sentindo-nos eternizados por este amor imenso,
Como se deuses no Olimpo, inatingíveis, infensos
Às agruras que assediavam tão puros sentimentos.
Vida minha, onde e quando perdemos, no entanto,
Diga-me, em que recanto deste imenso universo,
Desfez-se o encanto de meu terço, de meu canto,
Para que lá então retorne, àquele fatídico instante,
Em que nos separamos e, envolta em meus versos,
Te acolha nos braços e amemo-nos como antes.
A vida não é, como antes sentia, um mar de rosas,
Em que flutuamos, plácidos, como se de almirante,
Julgando que as tormentas fossem, só por instante,
Passageiras e não constantes, sabendo-a airosa.
Dela desfrutamos e vivemos, a cada vão momento,
Sentindo-nos eternizados por este amor imenso,
Como se deuses no Olimpo, inatingíveis, infensos
Às agruras que assediavam tão puros sentimentos.
Vida minha, onde e quando perdemos, no entanto,
Diga-me, em que recanto deste imenso universo,
Desfez-se o encanto de meu terço, de meu canto,
Para que lá então retorne, àquele fatídico instante,
Em que nos separamos e, envolta em meus versos,
Te acolha nos braços e amemo-nos como antes.