NOITE INSANA
Noite insana esta que passei contigo,
A sonhar e rolar, acordando-me na cama,
Envolvendo-me todo, arrepiando meus pelos
Na investida mansa de seus apelos reprimidos,
E devagarzinho, me abraça, me maltrata, me laça,
E me faz refém de seus desejos incontidos.
Meu coração dispara, sufocas-me, e assim
Ofegante, esse suor eu sinto , gotejante...
Molhando o lençol com o meu corpo quente.
Na medida de seus arroubos costumeiros
Que me maltratam e consomem por inteiro...
Não sei seu nome, só que dessa febre padeço,
O peito em fogo e essa tosse intermitente,
Consumindo-me maldita gripe, terna e envolvente!
Urias Sérgio de Freitas