CLAMOR
Meu sangue cobiçam demônios sedentos
O medo me acossa, caminho assustado
Quão árduas veredas, há fogo ao meu lado
São rios em chamas, espinhos, tormentos
As pernas fraquejam, meus passos são lentos
Choroso, reclamo num grito abafado
N'olhar desespero de um ser perturbado
Sufoca-me o cheiro, lancinam-me os ventos
As forças me faltam, meu Pai Te procuro
Imploro Teu brilho, uma luz neste escuro
Pois nada resiste ao Teu Santo Poder
Tu podes da estrada mover embaraços
Ou se for preciso tomar em Teus braços
Um filho que está, fatigado, a sofrer