SOU A NOITE NERVOSA
SOU A NOITE NERVOSA
Sou a noite nervosa por ter nascido,
De me sentir desprezado e ignorado,
Sou o alerta dum pensar proibido...
Onde me canso por ser um revoltado.
Sou a noite dum céu tão esquecido,
Onde o meu olhar 'stá bem parado,
Sou o pedregulho muito bem dividido,
Na penumbra do meu sonho cansado.
Sou uma janela aberta pró Mundo,
Onde ninguém me vê e sente profundo,
º Sou o Poeta atrevido que mesmo desatina.
Na guitarra, ou viola duma bela canção,
Sou um pássaro que voa mesmo em vão,
Para o infinito dum'alma mui e mui fina.
LUÍS COSTA
27/08/2007