No compasso do tempo



Florescem as plantas verdejantes,
Imutáveis, como o amanhecer,
O tempo sutil rege o universo,
A orquestra da luz das estrelas.

Amadurecemos nosso espírito,
Errantes na noite, na penumbra,
Cegos, invejando a natureza,
Desejando paz inescrutável.

Cambaleantes, vela nas mãos,
Vislumbramos uma laranjeira,
Exalando aroma adocicado,

Desejamos adquirir raízes,
Amor inabalável pelo outro,
No perene compasso do tempo.




 
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 01/01/2015
Reeditado em 01/01/2015
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