FALÊNCIA
A esperança, lá, nunca bate à porta,
E mais difícil é crer no futuro;
Na favela a esperança é rosa morta
Da qual o odor que exala é de amargura.
Lá vivem muitos que a poucos importam,
O extrato social que na dor perdura,
O fruto do erro da elite calhorda,
Os filhos pobres que a nação descura.
Mas no asfalto a esperança também morre,
Vira a flor cujo odor é de aflição,
Semelhante ao que na favela ocorre.
Ambos, favela e asfalto, em convulsão,
Sem a justiça social concorrem;
Sem esperança para o inferno vão.
The, 06/05/2007 - - Humberto M. Feitosa