QUANDO A RIMA NÃO VEM...
a poesia, combustível do poeta, falece;
assume melancolia, descontentamento,
sensação estranha, onde o pensamento padece,
implora por recomeço, renascimento.
Surge a desesperança, a vida amolece;
o jogo de palavras some do pensamento,
nasce o apelo ao Poeta Maior por fé, com prece
de pedido de alento, força, chamamento.
Vale a pena até subir nas alturas, nas nuvens,
para buscá-las, para tê-las novamente,
devolvendo ao poeta a alegria e o sorriso dos jovens.
E ao mergulhar nas profundezas do horizonte,
como agora, vendo o paradoxo latente
da imensidão/pequenez das coisas, eis a fonte.
PS: SONETO FEITO LITERALMENTE NAS ALTURAS, DURANTE UM VOO ENTRE AS CIDADES DE FORTALEZA E SÃO PAULO, EM 04 MAI 14.