SERÁ POSSÍVEL?
 
Às vezes me pego a falar sozinho:
Indago do Infinito se o que sinto,
Se o que vejo, e, muitas vezes pressinto,
É dom inato ou sonho do caminho...!
 
Agora mesmo te sinto pertinho:
De ti tudo eu sei, até por instinto,
Pois, quando estás a meu lado, não minto,
Meu peito ofega...! Giro em torvelinho...!
 
E, no vazio infindo desta  ausência
Eu peço ...Rogo a Deus que tua essência
Permaneça em mim num eterno frame!
 
Penso então:  por que  estas dores contidas?
Quem sabe  já vivemos outras vidas,
Ou, talvez, é possível que eu te ame!
 

 
 



 Foto Google
 Fundo: 
Serenade (  Schubert)
 
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 27/12/2014
Reeditado em 08/08/2019
Código do texto: T5082425
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