Soneto Erótico
Bailando no ar, gemia com gozo lunático
Quem era aquela morena estrela da alcova
Que arde no eterno empíreo emblemático
Mas a fortuna, não esperou e a levou a cova.
Pudesse eu diáfano amante enfático
Que na grega história na gótica mova
Lacrimosa fêmea vil no sangue estático
Mas na sua vai escorrendo a sua escova.
Mísera e singela moça naquele orgasmo
Claridade imortal, que fere a carne na cama
Mas o sangue escorre na veia que não acalma.
Pesa sobre ela o prazer regado a sarcasmos
Nesta vermelhidão do lençol que chama
Por que não te entregas ao amor que clama.
HERR DOKTOR