Soneto Erótico

Bailando no ar, gemia com gozo lunático

Quem era aquela morena estrela da alcova

Que arde no eterno empíreo emblemático

Mas a fortuna, não esperou e a levou a cova.

Pudesse eu diáfano amante enfático

Que na grega história na gótica mova

Lacrimosa fêmea vil no sangue estático

Mas na sua vai escorrendo a sua escova.

Mísera e singela moça naquele orgasmo

Claridade imortal, que fere a carne na cama

Mas o sangue escorre na veia que não acalma.

Pesa sobre ela o prazer regado a sarcasmos

Nesta vermelhidão do lençol que chama

Por que não te entregas ao amor que clama.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 31/05/2007
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T508185
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