SOU O VENTO NERVOSO

SOU O VENTO NERVOSO

Sou o vento nervoso que desatina,

Naquela noite triste e apagada ...

Sou um rio que chora e não atina,

Por dentro da minh'alma congelada.

Sou o mar pertinaz que se defina,

Nas ondas do rochedo pra nada,

º Sou o sol co'olhar pra mina...

Naquela alvorada desgraçada.

Sou uma nuvem passageira,

Perdida naquela ladeira,

Á procura da mão do Vento.

Sou um pedinte esfomeado,

Que lhe negam um bom bocado,

D'amor, de carinho pardacento.

LUÍS COSTA

27/08/2007

TÓLU
Enviado por TÓLU em 26/12/2014
Reeditado em 29/06/2016
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