SOU O VENTO NERVOSO
SOU O VENTO NERVOSO
Sou o vento nervoso que desatina,
Naquela noite triste e apagada ...
Sou um rio que chora e não atina,
Por dentro da minh'alma congelada.
Sou o mar pertinaz que se defina,
Nas ondas do rochedo pra nada,
º Sou o sol co'olhar pra mina...
Naquela alvorada desgraçada.
Sou uma nuvem passageira,
Perdida naquela ladeira,
Á procura da mão do Vento.
Sou um pedinte esfomeado,
Que lhe negam um bom bocado,
D'amor, de carinho pardacento.
LUÍS COSTA
27/08/2007